Terça-feira da 2ª Semana da Oitava da Páscoa
Evangelho – João 3,7-15
É preciso reconhecer a miséria humana, para cultuar a divindade em todo o seu esplendor. O catolicismo mudou a história porque sua cabeça, Cristo Jesus, ensinou aos católicos que é sendo o último que se alcança o primeiro lugar; sendo pequeno que se torna grande; e é servindo que alcançamos a grandeza de alma.
Na primeira leitura, os discípulos de Jesus eram uma só alma, pois o próprio Jesus antes de morrer, como um grão de trigo que morre para ter vida, rezou por nós dizendo “Para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21). Os discípulos tinham tudo em comum, ninguém passava necessidade. O Amor de Cristo na cruz permanecia no coração da primeira comunidade católica.
No Evangelho, Jesus ensina a maneira mais sublime de ser aquele que não é visto pelos grandes, o menor dos maiores, e o servo de todos. Nicodemos, reconhecido grande entre os judeus, quer ouvir de Jesus a receita para ter vida em abundância. Jesus diz ser necessário nascer de novo. Mas você e eu poderíamos perguntar com Nicodemos: “como isso é possível? Jesus nos responde dizendo: “Vós deveis nascer do Alto”. Nascer do alto, meu irmão e minha irmã, é ser levantado das coisas da terra, para as coisas do céu; é entregar toda nossa vida nas mãos do Pai junto com Jesus no alto da Cruz.
Saibamos então participar da renovação de nossas almas quando em nossas cruzes diárias entregarmos nosso espírito nas mãos do Pai. Não queiramos ser melhores que o Filho de Deus que embora fosse de divina condição; se fez obediente até a morte de Cruz, como um escravo. Assim, como diz o salmo Deus que é Rei o revestiu de majestade, poder, esplendor, como fora manifestado na transfiguração de Jesus.
Padre Kennedy dos Santos Ferreira
Pároco da Paróquia Santa Luzia
Formosa-GO
Leituras: At 4,32-37 / Sl 92 (93)
Evangelho: Jo 3,7-15