Ninguém mais digna do céu do que a Virgem Maria
Hoje, com a alegria, celebramos a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, na qual reafirmamos a nossa fé na sua elevação ao céu em corpo e alma. A virgem Maria é a rainha do céu que se encontra à direita do trono glorioso do Seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.
Esta celebração de hoje nos coloca diante da certeza do cumprimento das promessas de Deus; na certeza de que aqueles que pertencem a Cristo vencem a morte e jamais morrerão. A primeira a ver o cumprimento destas promessas divinas em sua vida foi a Virgem Maria, cujo corpo não sofreu a corrupção do pecado e da morte. Cristo a preservou por seus méritos.
É próprio dos bons filhos prepararem o que há de melhor para suas mães. Assim, Nosso Senhor não podia deixar preparar, de imediato para a Virgem Maria, sua Mãe, menos que o céu. Aquela que acolheu Cristo no seu seio não podia ficar abandonada à corrupção da morte.
Tudo aquilo que é tocado por Cristo, por sua graça é santificado. Pensemos, por exemplo, na mulher hemorroisa, que pelo simples fato de tocar no manto do Senhor ficou curada (cf. Mc 5, 28-29). Imagine então a Virgem Maria, que não apenas foi tocada pelo Senhor, ela o gerou no seu ventre, o amamentou. Ela foi envolvida totalmente pela graça de Cristo. Por isso, o anjo Gabriel se dirigiu a ela como sendo “a cheia de Graça”, portanto cheia de Deus.
Ninguém mais digna do céu do que a Virgem Maria, ninguém mais cheia de Cristo e da graça do que ela, ninguém mais querida por Deus do que ela; ninguém mais foi envolvida por Cristo, com tanta intensidade do que ela; Ninguém mais fiel a Cristo do que ela.
Daí que a Virgem Maria não pode ser uma mulher comum, como a acusam os obreiros do Dragão, que se opõem a Mulher. Maria é o templo de Deus, porque foi a morada de Cristo nesta terra. Maria é Arca da nova Aliança, porque gerou e carregou em seu seio a Nova Lei – Jesus Cristo, Nosso Senhor. A virgem Maria é um grande sinal de Deus para o mundo, sinal da sua misericórdia, do seu amor, da sua presença, da sua predileção.
Assim como a claridade é sinal do sol e de luz, Maria é o mais potente sinal da presença de Cristo. Nosso Senhor pode estar presente lá onde Maria não está, mas Ele jamais estará ausente lá onde a Virgem Maria está, é acolhida, amada e venerada.
Este mundo pecaminoso, às vezes não compreende a Virgem Maria, não a acolhe, não a aceita, porque não é digno dela. Porque ainda continua sob o domínio dos terríveis inimigos que ela já venceu de uma vez por todas: o pecado, o demônio e a morte. Nenhum destes inimigos puderam nada contra ela. Ela foi preservada do pecado original, pelos méritos de Cristo, já na sua concepção. Diante dela o Demônio caiu por terra, porque ela é a toda cheia de graça. Após sua morte foi elevada de corpo e alma ao céu, seu corpo não conheceu a corrupção.
Por tudo isso, Maria é para todos os fiéis em Cristo o mais eloquente sinal, modelo, testemunho de que a pertença a Nosso Senhor Jesus Cristo vale a pena, vale a vida, vale a salvação. Ela está a nos dizer que, se formos fiéis ao Senhor, também venceremos estes terríveis inimigos: o pecado, o demônio e a morte. Pois aquele que se faz servidor do Deus da vida, não pode ser acorrentado pelos poderes sombrios da morte. Quem vive para Cristo nesta vida, viverá para sempre diante Dele na glória dos Céus. Viva Cristo rei! Salve a Virgem Imaculada!
Pe. Hélio Cordeiro dos Santos
Formador do seminário maior N. S. de Fátima
Brasília – DF
Leituras: Ap 11.19ª;12,1.3-6ª.10ab/Sl 44 (45)/ICor 15, 20-27a
Evangelho: Lc 1, 39-56
