Este foi o título que o Papa Francisco denominou uma de suas reflexões a respeito da vocação missionária da Igreja. Outubro, mês das missões! Um tempo motivador em que a Igreja nos convida a assumirmos o nosso compromisso missionário, seja na família, na comunidade ou na sociedade! Não tem como ser discípulo de Jesus, sem estar aberto à missionariedade, pois, é próprio do discípulo querer empenhar-se para que outros possam fazer a mesma experiência que ele fez do encontro com o Senhor Jesus! A Igreja é missionária desde a sua origem, pois, este foi o mandato do Senhor. “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”. (Mc 16,15)
O espírito missionário se fundamenta na experiência pessoal com Jesus! É a certeza da presença de Jesus que nos motiva a assumir com maior intensidade e alegria o anúncio do Reino! Todos nós somos chamados a ser anunciadores da Boa Nova, ou seja, anunciadores da constatação de que a promessa de Deus se cumpriu. Ser missionário é sair de si para ir ao encontro do outro, do novo e do diferente, como em busca de uma pérola preciosa. É um desafio e ao mesmo tempo uma obrigação. Desafio porque somos enviados para lugares, meios e situações que nem sempre estamos dispostos a ir. Obrigação porque, enquanto cristãos batizados, temos compromissos com a Igreja na qual fomos inseridos pelo Batismo.
Somos convidados a assumirmos a estes desafios e obrigações numa abertura pessoal e comunitária, não somente ter a preocupação de levar algo, mas também, descobrir valores, soluções e convicções. A missão nos leva a um novo jeito de ser Igreja. Nenhuma Comunidade Cristã é fiel à sua vocação se não é missionária. O autêntico missionário se doa sem restrição e sem exigências. Sua primeira atitude concreta e discreta deve ser a mansidão, porque o anúncio da Boa Nova tem que ser anúncio de Paz. O sermão da montanha proclamado por Jesus Cristo declara: “Bem aventurados os mansos e os misericordiosos, como aqueles que promovem a PAZ” (Mt 5,5…) A agressividade afasta os corações. São Francisco de Sales ensinava que “se apanha mais moscas com uma gota de mel do que com um barril de fel”. A paciência e a compreensão são virtudes fundamentais daqueles que se lançam no campo Missionário. A missão exige a inculturação da Fé, neste sentido é necessário ter a paciência do semeador que aguarda confiante e sem pressa o tempo da colheita. “A obra da evangelização pressupõe um amor fraterno sempre crescente, para com aqueles a quem o missionário evangeliza” (Papa Paulo VI) Sem amor fraterno, toda e qualquer obra fica sem sentido. Neste mundo tão sofrido e angustiado e às vezes sem esperanças, o missionário não pode se apresentar triste ou desanimado, nem impaciente e nem ansioso, mas deve ir com uma Fé irradiante, com um fervor que contagia e com uma coragem que inflama a todos. Que neste mês Missionário a nossa voz se abra para propor a Verdade Evangélica com absoluta clareza e todo o respeito à consciência dos irmãos.
A terminar esta reflexão cito um belíssimo ensinamento que nos deixou São Francisco de Assis : “Ao irem pelo mundo não discutam, nem porfiem com palavras, nem façam juízos de outrem, mas sejam mansos, pacíficos, modestos, afáveis e humildes, tratando a todos honestamente como convém. Não ferir a ninguém, jamais porque do irmão se aproxima de joelhos”. Intensifiquemos neste mês as nossas orações pelos missionários e missionárias espalhados pelo mundo e em muitos Países sofrendo perseguições por causa do Reino de Deus.
Pe João B.Assunção , é Pároco da Paróquia São João Batista São João d’Aliança – GO. Assessor Diocesano da Pastoral da Catequese.