No mês de outubro, a Igreja volta o seu olhar para Nossa Senhora e as Missões. A exemplo de Nossa Senhora que foi ao encontro de Isabel, nos sentimos convidados a experiência da missão. Maria não teve medo, não colocou dificuldades, levantou-se e foi apressadamente levando consigo a boa nova de Jesus Cristo. A Virgem Santíssima nos dá o exemplo e a partir dela a paróquia precisa estar em um estado permanente de missão para poder cumprir com êxito a sua tarefa. Uma paróquia que não se abre para a missão fica estagnada e não alcança as pessoas que estão presentes em seu território. O sentido de ser de uma Paróquia são as pessoas que a compõem.
A Paróquia é a porção do povo de Deus, em um determinado território, com um sacerdote, um pároco como pastor próprio. Portanto, a Paróquia são as pessoas, não o território, nem o templo paroquial; Paróquia é o povo todo, não só os sacerdotes. Como porção do povo de Deus, o fim da Paróquia é o mesmo da Igreja: “Existe para evangelizar” (EN 14). A Paróquia, como a conhecemos hoje, está chamada a viver em estado permanente de missão dirigindo sua ação missionária tanto para dentro como para fora do seu templo. Para que ela chegue a todos os que moram em seu território, é necessário que ela assuma um estado permanente de missão dentro do seu próprio território.
Evangelizar gera compromisso
Devemos entender que a evangelização se faz mais urgente com relação aqueles que ainda não conhecem o nome de Jesus ou para aqueles que até foram batizados, mas não suficientemente evangelizados. Como missionários não podemos nos contentar em esperar que as pessoas venham até nossos templos. Seguindo o exemplo do Bom Pastor, devemos como paróquia, estar indo buscar as ovelhas perdidas. Em uma paróquia missionária e evangelizadora deve estar presente um Plano Missionário e Pastoral que responda às urgências da Nova Evangelização pedida pelos Documentos da Igreja, de um modo especial pelo Documento de Aparecida. Sem deixar de lado o que já está sendo feito a nível pastoral, a paróquia precisa com urgência ter uma ação missionária organizada que possa setorizar o seu território e a oferta de vida cristã feita pela igreja a todos os homens e mulheres. Durante muito tempo a preocupação dos padres era apenas sacramentalizar: batizar, crismar, fazer 1ª Eucaristia, casar e assim por diante. Hoje muitos foram batizados, mas não suficientemente evangelizados em nível de querigma: anúncio da boa nova de Jesus Cristo, com um convite de adesão ao seu senhorio gerando uma resposta concreta de vida nova para a pessoa.
Continua…
Pe. João Manoel Lopes :Pároco na Paróquia São Sebastião em Formosa-GO / Coordenador Diocesano de Pastoral na Diocese de Formosa-GO.