Qual processo deve ser feito para ingressar no Seminário?
Os jovens devem participar dos diversos encontros e convivências vocacionais que são realizadas em nosso seminário. Jovens provenientes de outras dioceses devem passar por uma entrevista pessoal com o Reitor do Seminário e, por conseguinte também participar dos encontros e convivências. No entanto, a Diocese de Formosa pede que estes jovens busquem ao máximo dedicar-se a sua própria Igreja Particular na busca de discernir sua vocação primeiramente em sua diocese de origem.
Qual o itinerário de formação de um seminarista para o sacerdócio
Geralmente a formação sacerdotal dura oito anos: 1 ano de propedêutico, 3 anos de Filosofia e 4 anos de Teologia. Esse tempo pode ter variações em cada diocese, neste caso é o tempo normal da Diocese de Formosa. Também pode variar se o candidato estiver no Seminário Menor, nesse caso dependendo de sua etapa escolar.
O que se faz em cada etapa de formação do Seminário?
O Seminário Menor acolhe os jovens que ainda estão no ensino médio ou nono ano do fundamental. Este é um período de formação espiritual da vocação, maturação e de formação intelectual.
O Seminário Propedêutico é a etapa para os jovens que terminaram o ensino médio. Durante 1 ano eles aprofundam o seu conhecimento doutrinal e espiritual, a vivência comunitária no seu aspecto formativo.
O Seminário Maior conclui uma das mais longas etapas da formação sacerdotal e está composta pelos estudos filosóficos e teológicos. Essa etapa é feita com o forte sentido da responsabilidade que forma na liberdade da escolha, na formação intelectual e pastoral.
Onde acontecem estas estas etapas formativas?
Nossa Diocese de Formosa mantém na cidade de Formosa o Seminário Diocesano, que acolhe os seminaristas menores e propedeutas. Os seminaristas maiores fazem sua formação no Seminário Maior de Brasília e atualmente também temos seminaristas no Seminário Mater Ecclesiae em São Paulo.
O que os seminaristas fazem no Seminário?
Primeiro forjam no seu coração a imagem de Jesus Bom Pastor, na busca de corresponder ao chamado de Deus. Depois devem estar dedicados aos estudos e sua formação intelectual. Um padre deve ser um homem que busque o conhecimento das coisas relativas a Deus e aos homens.
Os seminaristas também zelam por si e por seu seminário. Lavam suas roupas, cuidam dos seus quartos, na perspectiva de formar em si o zelo e o cuidado com aquilo que é seu. Lavam louças, limpam banheiros e dependências do Seminário, cuidam do jardim e da horta. Afinal de contas o Seminário não é uma colônia de férias, mas nossa casa!
O lazer e o esporte também fazem parte da vida do Seminário, como forte elemento de encontro e vida comunitária.
Os seminaristas recebem salário?
Não. Geralmente são mantidos por seus familiares. Certamente devem entender isso como uma formação para o desprendimento e o desapego. Aqueles que fazem pastoral paroquial recebem uma ajuda de custo que corresponde a 10% do salário mínimo com passagens para irem ao serviço pastoral.
Como ajudam os seminaristas em nossa diocese?
Estamos fortemente engajados na vida pastoral. Ajudamos nas paróquias todos aos finais de semana. Alguns seminaristas ajudam em pastorais específicas de nossa diocese: na Pastoral Vocacional, na Comunicação, na Pastoral litúrgica, etc. Os seminaristas vivenciam assim o sentido do pastoreio na vida pastoral e na participação da vida comunitária. No mês de janeiro também ficamos 15 dias em uma paróquia, para conhecermos mais de perto a realidade de nossa Igreja Particular.
Como são mantidos os Seminários?
Hoje os seminários são o maior investimento da nossa diocese. Segundo relatório do ano de 2015 da cúria diocesana, o investimento nos seminários equivale a 70% das receitas de nossa diocese. Cada vez que você devolve o dízimo, dá uma oferta e ajuda de alguma forma sua paróquia, você está ajudando na formação dos futuros sacerdotes. Existe uma forma particularmente especial de ajudar: a Obra Vocacional São José. Mensalmente por meio de um carnê você pode ajudar os futuros padres.
O que é importante na formação sacerdotal?
Costumo pensar que o mais importante é a qualidade e não o número. Ter muitos seminaristas não é sinal de qualidade! Quando falo em qualidade estou me referindo a uma qualidade indispensável para o sacerdote: a santidade e sua busca. Não adianta ter um tanto de padres, e padres que não buscam ser santos e não santificam o povo.
Por Seminarista Raifran Sousa, 3º Ano de Teologia, seminarista da Diocese de Formosa no Seminário Maior de Brasília.