Nesta quarta-feira, a imposição da cinza assinala o início da Quaresma. Cobrir-se de cinza para simbolizar penitência e arrependimento é uma tradição que vivem muitas religiões. Esta é a origem e o significado deste símbolo.
A Quaresma, tempo de preparação interior para celebração da Morte e Ressurreição de Cristo, inicia com a Quarta-Feira Santa.
Este dia cai em diferentes datas ano a ano, de acordo à data móvel de Páscoa. Pode acontecer entre o 4 de fevereiro e o 10 de março.
Que a Quaresma dure 40 dias é um costume que se fixou no século IV. Seguindo a tradição, nos séculos VI-VII cobrou grande importância o jejum como prática quaresmal.
Mas não é prática habitual jejuar no domingo –por se tratar do dia do Senhor- pelo que se adiantou o início da Quaresma para quarta-feira.
Na imposição da cinza, o sacerdote traça uma cruz sobre a fronte dos fiéis, enquanto repete as palavras “Converte-te e crê no Evangelho” ou “Recorda que pó és e em pó te tens de converter”, para nos recordar que nosso lugar definitivo é o Céu.
O uso da cinza para simbolizar penitência é antigo: os judeus, por exemplo, acostumavam a cobrir-se de cinza quando faziam algum sacrifício, como os ninivitas.
Também nos primeiros séculos da Igreja, as pessoas que queriam receber o Sacramento da Reconciliação na Quinta-feira Santa, se punham cinza na cabeça e se apresentavam ante a comunidade vestidos com um “hábito penitencial”. Isto representava sua vontade de se converter.
Na Igreja Católica esta tradição perdura desde o século IX e existe para recordar-nos que, ao final de nossa vida, só nos levaremos aquilo que tenhamos feito por Deus e pelos demais homens.
Fonte: Opus Dei