A São José é um convite a imitação das suas nobres virtudes
Hoje, com grande alegria celebramos com toda a Igreja a Solenidade de São José, Esposo da Bem-aventurada Virgem Maria, Padroeiro da Igreja Universal. Para compreendermos a grandeza de São José basta pensar que, quando Deus quis escolher uma mãe para o Seu Amado Filho, procurou a mulher mais santa, mais bela, mais pura. Para dar à Mãe do Filho um esposo não poderia ser diferente, Deus escolheu, entre os homens, o mais santo, “justo e fiel”.
De modo que São José era um homem santo ornado com as mais genuínas virtudes que um homem pode carregar. Dele a Sagrada Escritura nos diz que era “justo e fiel”, mas não somente. São José era casto e obediente.
Dizer que São José é justo não significa que ele era um simples cumpridor da Lei. Como bom e simples Judeu, a justiça de São José se expressa na sua irrestrita confiança nas promessas divinas. Porque justo é aquele que reconhece que, não obstante, as vicissitudes da história, Deus cumpre o que diz. Por isso, São José não ousou jamais duvidar do grande mistério que Deus estava realizando em Maria.
São José recebe também o qualificativo de fiel, porque cumpriu com maestria e generosidade o que Deus lhe pediu – ser o privilegiado protetor da Sagrada Família de Nazaré – fazendo-se o Pai adotivo de Jesus. Na fidelidade de São José compreendemos que, os que se empenham para ser fiéis a Deus, são felizes. Para nós, imitar a fidelidade de São José, passa pelo cumprimento disponível e generoso das exigências próprias do nosso estado de vida.
São José era homem de coração puro, casto, transparente, o que lhe dava muita clareza para ver e reconhecer a ação de Deus em Maria. Esta sua virtude lhe deu todas as condições para ser o esposo virginal da Virgem Maria, Arca da Nova Aliança, que podia ser tocada somente por Deus. São José se fez esposo de Maria, mas com a viva consciência que esta santa e bela Mulher, podia ser desposada somente por Deus. Ademais, aquela que foi ornada com todas as graças de Deus, não precisa de ser cortejada com as graças humanas.
São José, homem obedientíssimo, à exemplo de Moisés, faz-se o condutor do novo povo de Deus no seu êxodo para e do Egito. Tendo, em sonho, recebido a ordem de Deus de guardar a Virgem Maria e o Menino do perigo, simplesmente obedeceu: “Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado” (Mt 1, 24).
O sonho de São José bem que poderia ser classificado como uma anunciação, uma vez que, textualmente, é muito próximo da anunciação do anjo Gabriel à Virgem Maria. O que indica a posição privilegiada de São José no mistério de Cristo.
Por fim, não resta dúvidas que, a devoção a São José é um convite a imitação das suas nobres virtudes, sua justiça e fidelidade, castidade e obediência, disponibilidade, retidão e silêncio. Na Igreja todos, independente, do estado de vida que abraçamos, podemos olhar para São José como modelo de vida cristã, compêndio de virtudes, próprias dos que se fazem servidores de Deus neste mundo.
Pe. Hélio Cordeiro dos Santos
Formador do seminário maior N. S. de Fátima
Brasília – DF
Leituras: IISm 7, 4-5a∕Sl 88∕Rm 4, 13.16-18.22
Evangelho: Mt 1, 16.18-21.24a