Sexta-feira da XXVIII Semana do Tempo Comum
Evangelho – Lucas 10,1-9

Seu amor na observância da lei, norma

Olá meu querido leitor! Dileto filho de Deus. Irmão em Cristo Jesus! Neste momento gostaria de te chamar a atenção para um tema muito importante que necessita de seu amor na observância do mesmo. Acredito que você já tenha ouvido muitas pessoas dizerem: “isso não pode” ou “isso pode”. Ou seja, cada pessoa agindo deste modo está assumindo em sua vida “a lei”. O que é, todavia, a lei?

Numa busca rápida pela internet é fácil encontrar explicação para o vocábulo “lei”: “Lei o verbo latino ligare, que significa “aquilo que liga”, ou legere, que significa “aquilo que se lê” é o conjunto de normas recolhidas e escritas, baseadas na experiência das relações humanas, que servem para ligar os fatos ou os acontecimentos ao direito, em ordem à paz social” (cf. Wikipédia).

Quando lemos que lei é regra, prescrição escrita que emana da autoridade soberana de uma dada sociedade e impõe a todos os indivíduos a obrigação de submeter-se a ela sob pena de sanções, nós trememos. Volta outra vez no mesmo dilema: “isso não pode” ou “isso pode”. Jesus Cristo também orientava seus discípulos dando-lhes normas, leis, a ser observadas: “Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho!” (cf. Lc 10, 1-9).

O sociólogo Walace Ferreira diz que “Aristóteles defende a presença de leis escritas, entendendo-as como fontes seguras da aplicação do justo por parte dos juízes, reduzindo suas arbitrariedades. Afinal, diz ser prudente desconfiar da imparcialidade dos juízes, pois seus julgamentos correm o risco de serem deformados por sentimentos humanos como a simpatia ou o medo” (Justiça e Direito em Platão, Aristóteles e Hobbes). Fica afirmando que a lei é esta imposição fria, sem sentimento que trás sérias penas a quem não a obedece: “seus julgamentos correm o risco de serem deformados por sentimentos humanos como a simpatia ou o medo”.

Esta lei, sem sentimentos, friamente pode ser estacionada nos corações humanos possibilitando-nos tão somente a observância da lei por medo das sanções punitivas que ela trás sem que sejamos educados para o cumprimento. Nem mesmo a Sagrada Palavra está excluída de não haver julgamentos frios: “… estão fazendo, o que não é permitido fazer…” (cf. Mt 12,1-8). Assim, caro leitor fiel, é necessário seu amor na observância da lei para que ela seja “mais humana” e ganhe vida além do “isso não pode” ou “isso pode”. Permita que a lei te ligue ao amor para você saber ler, na experiência das relações humanas, a paz social.

Pe. Joacir S. d’Abadia
Pároco da Paróquia São José e Adm. da Paróquia Santa Luzia
Formosa-GO