“O ZELO PELA TUA CASA ME CONSOME” (SL 69, 9)
1979-2019
DIOCESE DE FORMOSA, 40 ANOS: CELEBRANDO O ZELO PELA CASA DO SENHOR!
Explicação teológica da logomarca do Jubileu
Tendo em vista os 40 anos de história da Diocese, erigida em 16 de outubro de 1979, pelo Papa São João Paulo II, bem como a celebração do centenário de nascimento de Dom Victor Tielbeek, sscc, nascido em Raalte – Holanda, em 16/08/1919, a logomarca proposta para as celebrações jubilares, que culminarão com o I Congresso Eucarístico Diocesano, em Formosa, é rica em símbolos e significados teológicos, que serão apresentadas a seguir:
“Como lírio entre os espinhos, assim é minha amada entre as moças” (Ct 2, 2).
Ao centro, encontra-se o lírio que cresce entre espinhos, símbolo da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, padroeira da Diocese de Formosa. O lírio, por sua singeleza e perfume, foi sempre tido em comparação à Santíssima Virgem Maria, flor de pureza, que, por ser preservada da mancha do pecado original, em vista dos méritos de Cristo, é imune de toda impureza e imperfeição. Já os espinhos representam a humanidade ferida pelo pontiagudo aguilhão do pecado, “espinho na carne” de todo homem peregrino sobre esta terra (cf. 2Cor 12, 4-10). O lírio cresce retilíneo e proporcional em sua perfeição própria, elevando-se da terra como Maria, Virgem obediente e “perfeita como o Pai” (cf. Mt 5, 48), que foi também elevada da terra em corpo e alma. É o mistério celebrado na Assunção da Virgem Maria, celebrada em 15 de Agosto, data em que aconteceu a dedicação da Catedral de Formosa, mãe de todas as igrejas de nossa Diocese, no ano de 1994. Os espinhos crescem desproporcionais, desordenados e pontiagudos, ferindo todos aqueles que dele se aproximam. Assim também é o pecado, ferida inerente a todos os homens nascidos com Pecado Original, apagado através Batismo. Os espinhos nunca crescem elevando-se, mas sempre rastejantes e emaranhados, reflexo do homem pecador que tende a se fixar nas glórias do mundo, nos prazeres e nas coisas materiais e passageiras da vida, sufocando a semente do Evangelho e impedindo que ela cresça, como nos ensina Cristo na Parábola do Semeador (cf. Lc 8, 4-15). Assim, a Imaculada Conceição da Virgem Maria é para todos nós exemplo de aspiração à santidade, a fim de que, mediante a renúncia de nossos pecados, contando com a poderosa intercessão de nossa Padroeira, elevemos nossos corações ao alto.
“E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós” (Jo 1, 14).
Como broto do lírio está representado o Pão da Eucaristia. Cristo, Verbo Eterno do Pai, encarnou-se no seio da Imaculada Virgem Maria, vindo ao mundo para a nossa salvação. Maria sempre nos leva a Cristo, pedindo-nos que “façamos tudo como Ele nos disser” (cf. Jo 1, 5). Na celebração Eucarística, realizamos a vontade de Cristo, que nos pede que a realizemos “em sua memória” (cf. Lc 22, 19). Portanto, cada vez que oferecemos ao Pai o pão e o vinho consagrados, cumprimos o pedido da Santíssima Virgem Maria! O trigo faz alusão às celebrações diocesanas que se orientarão para o I Congresso Eucarístico Diocesano. Como o trigo, fruto da terra e do trabalho humano, amassado e transformado em pão, queremos ofertar nossos trabalhos e intenções para o Reino de Deus presente de forma misteriosa também em nossa Diocese, mediante o fortalecimento do nosso amor pela Santíssima Eucaristia.
“Para que todos sejam um” (Jo 17, 21).
Unindo todos os elementos até aqui apresentados está a pomba, símbolo do Espírito Santo. O Espírito Santo é o elemento de unidade da Igreja. Por meio dos seus vários dons e carismas, continua a inflamar nos corações o amor de Deus, favorecendo a “unidade na diversidade”. A devoção ao Divino Espírito Santo é bastante presente na Diocese de Formosa, onde o Povo de Deus, nos seus atos de piedade popular, manifesta com simplicidade e profundidade o amor e a adoração à terceira Pessoa da Trindade, nas numerosas festas e folias nas cidades que compõem a Diocese.
“Zelus domus tuae”
Versão latina do versículo bíblico “o zelo pela tua casa me consome” (Sl 69, 9). Este foi o lema que orientou a vida episcopal de nosso primeiro Bispo, Dom Victor Tielbeek, que queremos retomar nestes dias como inspiração para reavivar nosso amor à nossa querida Diocese nestas quatro décadas de história.
Celebrando o zelo pela casa do Senhor!
Também como Igreja peregrina, a Diocese de Formosa cresceu nestes 40 anos, e continua crescendo como lírio entre espinhos, com suas alegrias e esperanças, tristezas e angústias, sempre orientada para a meta final que nos une e não nos permite desanimar frente aos inúmeros desafios apresentados para nós nos tempos passados, presentes e futuros: o Céu! Que o Divino Espírito Santo, por meio da poderosa intercessão da Imaculada Mãe de Deus, reanime em nós o amor e o zelo pela casa do Senhor!