Com o objetivo de aumentar o engajamento e a ajuda mútua na evangelização das famílias, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) convidaram representantes de Movimentos Eclesiais que atuam com famílias para um dia de partilha de experiências à luz da Eclesiologia do Papa Francisco e das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023). O encontro foi realizado neste sábado, 14 de março, em Brasília (DF).
A ideia do encontro nasce da recordação de que os Movimentos Eclesiais sempre colaboraram no processo de construção do serviço evangelizador prestado às famílias. Também se constata no Brasil que muitos dos membros dos Movimentos Eclesiais colaboram nos diversos trabalhos sistemáticos que a Pastoral Familiar desenvolve e outros tantos entre estes são membros dos movimentos e agentes da Pastoral.
“Hoje, cresce a consciência e o desejo de maior engajamento e ajuda mútua. O ataque sistemático contra nossas famílias exige unidade de ação, quanto mais unidos no trabalho da evangelização sob a orientação da Igreja, mais viveremos verdadeiramente nossos carismas”, afirmou o bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers, em carta enviada aos agentes.
Os assessores eclesiásticos e casais coordenadores dos movimentos presentes na reunião ressaltam o trabalho conjunto com a Pastoral Familiar já existente e que também pode ser fortalecido. Confira na série de matérias com os representantes dos movimentos, durante a semana.
O assessor da Comissão para a Vida e Família da CNBB e secretário executivo da CNPF, padre Crispim Guimarães, comenta que a proposta é que favorecer o conhecimento sobre o trabalho mais amplo da Igreja no pensamento de família, uma vez que os carismas podem estar focados em alguns aspectos da vida em família. “A Pastoral Familiar traz essa atualização de tudo o que a Igreja pensa em relação à família, com seus documentos”, explica.
O encontro também possibilita o contato para os movimentos ajudem a Pastoral Familiar, continua padre Crispim, “com aquilo que eles têm de específico, que às vezes falta aqui. E se eles socializam conosco como algo da Igreja, o que vai ajudar muitas paróquias, muitas comunidades”.
É um “trabalho de mão dupla” que pode criar uma outra dinâmica na relação entre essas diversas forças da Igreja em momentos específicos, como a Semana Nacional da Família, e com a oferta mútua de materiais e especialistas que socializem ações de comunicação, publicações e formações.
“Sempre tivemos esse desejo de buscar essa integração porque todos esses movimentos fazem trabalho de Pastoral Familiar e muito contribuem com a pastoral. No fim o objetivo é o mesmo”, ressalta o casal coordenador nacional da Pastoral Familiar, Luiz e Káthia Stolf.
“Esse desejo, essa vontade, essa determinação de, por parte deles, se colocarem à disposição nesse serviço junto à Pastoral Familiar é de fundamental importância”, avalia o casal coordenador nacional.
O encontro contou com a presença de representantes, entre casais e assessores eclesiásticos, do Movimento Famílias Novas, dos Focolares; das Equipes de Nossa Senhora; do Encontro de Casais com Cristo (ECC); da Aliança de Casais com Cristo (ACC); do Ministério para as Famílias da Renovação Carismática Católica (RCC); do Movimento Familiar Cristão e do Caminho Neocatecumenato.
Além de dom Ricardo Hoepers, outros dois bispos estiveram presentes: dom Moacir Arantes, bispo auxiliar de Goiânia (GO), e dom Adair José Guimarães, bispo de Formosa (GO) e assessor eclesiástico nacional do ECC, respectivamente, secretário e vice-presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB.