Quinta-feira da III Semana da Páscoa
Evangelho – João 6,44-51
Alimentar-se para ter Vida!
“Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu darei, é a minha carne dada para a vida do mundo”. Jo 6, 51.
Toda pessoa humana para sua sobrevivência necessita de condições básicas e dignas para a manutenção de sua vida: água, alimentação, moradia, saúde, educação, emprego. A fome é algo que trás em si o desejo de saciedade. Mas, temos fome de que? O que buscamos? Onde e como buscamos saciar as nossas fomes? Além de bens materiais, existem bens sobrenaturais. A fé é esta dimensão do humano que somente Deus e tudo aquilo que Ele significa pode preencher e saciar. Jesus no Evangelho diz: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente”. O que pode significar a nós comer o Pão vivo descido do céu? Os santos nos iluminam com sua experiência. “Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do céu” – Santo Ambrósio disse: “É admirável que Deus tenha feito chover o maná sobre os nossos pais e que eles tenham sido diariamente saciados com o pão do céu. É por isso que está escrito: “O homem comeu o pão dos anjos” (Sl 77, 25). Contudo, aqueles que comeram este pão do deserto estão todos mortos. Pelo contrário, o alimento que agora recebes, este Pão vivo que desceu dos céus, é sustento para a vida eterna, e quem come deste Pão não morrerá jamais. É o Corpo de Cristo”.
O corpo precisa do alimento material, a alma do alimento sobrenatural. Os sacramentos recebidos ao longo da vida, e destaco aqui, a Eucaristia e a confissão com frequência; a prática da caridade feita aos irmãos e irmãs, por amor a Deus; a Palavra de Deus, a oração cotidiana, a provação suportada com perseverança e paciência, entre outras realidades são este alimento que nutri e fortalece a alma, e consequentemente, a vida na sua totalidade.
Quem comer deste pão viverá eternamente – São Pedro Julião Eymard disse: “Preparemo-nos, pela Comunhão, para o paraíso, onde receberemos Nosso Senhor perpetuamente, e viveremos de seu conhecimento e de seu amor. A Comunhão recebida com frequência é o penhor seguro da salvação eterna”. Aprendi que quando vamos à missa, participamos da Adoração ao Santíssimo Sacramento e ajoelhamos diante da Hóstia consagrada, não estamos diante de algo, mas de Alguém, que com sua presença ilumina, fortalece, santifica e nos alimenta para que tenhamos Vida. “É a minha carne para a salvação do mundo” – São João Paulo II disse que “na Hóstia consagrada adorámo-l’O sacramentalmente presente em corpo, sangue, alma e divindade, e oferece-se a nós como alimento de vida eterna. A santa Missa torna-se então o verdadeiro encontro de amor com Aquele que se entregou completamente por nós”.
Que sejamos testemunhas da alegria no mundo, transfigurados pela graça misericordiosa que Jesus nos dá na Santa Missa.
Prossigamos… Vida que segue!
