Terça-feira da Oitava da Páscoa
Evangelho – João 20,11-18
Todas as atividades humanas de algum modo são mediadas. Precisamos de um banco para intermediar nossas compras num supermercado. Só conseguimos ter acesso a determinada linha de crédito com um banco, se nosso gerente intermediar a operação. Podemos ter acesso a Santa Missa, se o sacerdote celebrar.
Jesus é o mediador entre Deus e a humanidade. Ele, por sua cruz, salvou os seres humanos e, por isso, se tornou causa de salvação para todos os que a ele se associam. Pelo batismo, como nos fala a primeira leitura, fomos salvos de nossos pecados. Nos tornamos herdeiros. Ora, o herdeiro geralmente é filho. Por isso, cada batizado se torna filho de Deus pela obediência de Jesus na Cruz.
Mas para experimentar a paternidade de Deus, é também preciso experimentar o silêncio d’Ele, como aquelas mulheres experienciaram no sepulcro. Mas a morte não deteve Jesus. Dois anjos demonstram que Ele vive; a morte não consegue prendê-lO. Ela também não terá a última palavra, se nós vivermos a Palavra de Cristo. É preciso perseverar como aquelas mulheres que buscaram Jesus no sepulcro. No trabalho, na família, no descanso, devemos buscar Jesus sem jamais parar.
No Evangelho Jesus fala que Ele sobe para o nosso Pai. Ele é o nosso mediador. Todos os Santos fazem a mediação entre nós e Deus na medida em que estão em Cristo, que é imagem do Pai. Ele diz que seu Pai é também nosso Pai. Se somos filhos devemos agir como o Filho de Deus, Cristo Jesus. Sigamos confiantes na paternidade de Deus que não nos deixará cair nos laços da morte. Mas ao contrário, nos dará vida; e vida em abundância.
Como diz o Salmo, que transborde em toda terra o amor de Deus derramado em nossos corações.
Padre Kennedy dos Santos Ferreira
Pároco da Paróquia Santa Luzia
Formosa-GO
Leituras: At 2,36-41 / Sl 32 (33)
Evangelho: Jo 20,11-18