Sábado da Oitava da Páscoa
Evangelho – Marcos 16,9-15
“Cristãos de fé, sinais de esperança”
Passados sete dias da celebração do grande mistério da nossa fé, a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, ainda vivenciamos com muito entusiasmo este fato que marca a realização do plano de Deus para toda humanidade, que é nossa salvação. A Liturgia nesses dias da Oitava de Páscoa nos ajuda a celebrar com mais vigor e alegria o mistério da nossa redenção concretizado na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Os Textos Sagrados que a Liturgia nos apresentou durante essa primeira semana de páscoa, e que pudemos ouvir e meditar, desperta nossa atenção para a centralidade de Cristo diante da graça salvífica que Deus preparou para nós. Pois, em Nosso Senhor Jesus Cristo temos a certeza da nossa salvação. Essa verdade de fé foi proclamada por Pedro diante dos mestres da lei: “Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual possamos ser salvos” (At 4,12). Entretanto, para que sejamos salvos, para que sejamos redimidos por Cristo é necessário ter fé, pois “quem não crer será condenado” (Mc 16,16).
No magnifico mistério da salvação, realmente a parte mais árdua foi assumida por Nosso Senhor Jesus Cristo, que “morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado, e ressurgiu ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (ICor 15,3-4). Talvez a parte mais fácil foi ou deverá ser assumida por todos nós, verdadeiros destinatários da obra de salvação. Entretanto, parece ser muito difícil ter fé em Deus! Como nos custa acreditar em Cristo Jesus Ressuscitado. O Evangelho que a Liturgia nos apresenta para o dia de hoje relata claramente a falta de fé e dureza de coração (Cf. Mc 16,14) dos apóstolos para acreditarem na Ressurreição de Nosso Senhor.
Infelizmente essa frieza de fé, essa dificuldade para acreditar em Jesus Cristo como Deus e Senhor de nossa vida, da nossa história, são características da sociedade atual. Por isso muitas pessoas, em diversas partes do mundo vivem tristes, aflitas, angustiadas, mesmo recebendo dia após dia o anúncio da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Os apóstolos pareciam parados no tempo, no dia da morte de Nosso Senhor… nem mesmo os testemunhos de Maria Madalena e dos Discípulos de Emaús são capazes de gerar um novo estado de ânimo neles. Do mesmo modo esta grande parte da sociedade, paralisada diante da pandemia, como se não houvesse nada novo, nenhuma esperança, nenhuma noticia nova…
Mais do que nunca devemos levar a todos a Boa Notícia, o Evangelho, como nos ordena Nosso Senhor Jesus (Mc 16,15). O Cristo Vivo, Ressuscitado é o Único que pode nos salvar, basta ter fé! Que Nossa Senhora Imaculada Conceição interceda a Deus por todos nós para que sejamos cristãos de fé, sinais de esperança, em meio as incertezas e sofrimentos do tempo presente.
Que assim seja!
Padre Fláunei Alves Pereira
Em estudos de Direito Canônico na Espanha
Leituras: At 4,13-21 / Sl 117 (118)
Evangelho: Mc 16,9-15