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quinta-feira, 18 abril, 2024 - 19:42 PM

II Domingo da Páscoa

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O Tempo Pascal é um tempo de renovação, de graça e de misericórdia

O Tempo Pascal é um tempo privilegiado para se renovar o nosso encontro com o Cristo ressuscitado. Que pode ser encontrado na Igreja (comunidade dos fiéis, povo de Deus, assembleia santa, corpo místico de Cristo), na Palavra, nos sacramentos. Ainda hoje o Senhor ressuscitado se deixa encontrar por aqueles que O buscam com humildade.

O Tempo Pascal é um tempo de misericórdia, tempo de renovação da fé, da esperança e da caridade; tempo de graça e salvação. Tempo para redescobrir a vida nova que brota do batismo. O batizado é um discípulo do Ressuscitado, que não pode mais viver para si e para o mundo, mas para Deus.

A exemplo do seu Senhor, o discípulo, não é alguém que opta pela vida ou pela morte, mas alguém que escolhe livremente doar a própria vida nas realidades cotidianas: na família, no trabalho, no descanso, no apostolado, na comunidade.

O batismo nos lavou das obras mortas do pecado, para que possamos viver para Deus não para o mundo. Embora vivendo no mundo, movidos pelo Espírito Santo que nos deu vida nova e nos conduz à conversão. Todos precisamos, com sinceridade diante de Deus, examinar a própria consciência para identificar que aspectos da própria vida precisam ser renovados, precisam da experiência da ressurreição. Alguns precisam sair do túmulo do alcoolismo, da droga, da pornografia, da jogatina, do adultério, do roubo, da mentira, da preguiça. Outros precisam deixar a morte da falta de fé, do indiferentismo, das falsas doutrinas e falsas religiões, da idolatria, do desprezo para com as coisas de Deus.

Fomos redimidos pelo sangue de Jesus Cristo, sua ressurreição nos trouxe vida nova. Sua cruz é um apelo à nossa conversão. Todos somos chamados à conversão. Segundo a primeira leitura da liturgia de hoje, Atos do Apóstolos, os convertidos em Jesus Cristo têm as seguintes características: são perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão (Eucaristia), na oração, cheios do temor de Deus.

Estas são as características fundamentais dos autênticos discípulos de Jesus. O ensinamento dos apóstolos o encontramos na fé da Igreja, a quem o Senhor confiou o Depositum Fidei, o depósito da fé. Neste sentido, o católico não pode negligenciar o conhecimento da doutrina da Igreja, sua fé, seu Magistério.

É de grande valor também procurar conhecer a vida dos grandes santos, que com seu testemunho nos ajudam na conversão. Santos homens e santas mulheres que souberam estar muito próximo de Deus e muito próximo dos irmãos na comunhão fraterna. Porque ninguém é cristão sozinho, precisamos da comunidade, precisamos do outro. Não obstante os obstáculos humanos, ocasionados por nossos defeitos e pecados e pelos defeitos e pecados dos irmãos.

Por fim, na vida cristã não pode faltar a Eucaristia, a oração, a partilha feita com “alegria e simplicidade de coração” (At 2, 46). Embora, neste tempo de quarentena, nossas comunidades estejam impedidas de celebrar a Eucaristia, cada fiel pode viver eucaristicamente doando a própria vida na família, sobretudo com o exercício da paciência, do perdão, da reconciliação, fugindo da murmuração. Mais do que nunca precisamos também do sustento da oração, através da qual renovamos nossa confiança no Senhor.

Pe. Hélio Cordeiro dos Santos
Formador do seminário maior N. S. de Fátima
Brasília – DF


Leituras: At 2,42-47 / Sl 117 (118) / IPd 1,3-9
Evangelho: Jo 20,19-31

Reginaldo Mendonça
Reginaldo Mendonçahttps://diocesedeformosa.com.br/
Criada em 16 de outubro de 1979, é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica no Brasil, sufragânea da Arquidiocese de Brasília. Pertence à província eclesiástica de Brasília e ao Regional Centro-Oeste da CNBB.

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