Este refrão nos conduz a uma verdade consoladora – não há nenhuma espécie de mal que não possa ser vencido pelo amor de Jesus Cristo: o ódio foi vencido pelo amor; o pecado foi vencido pela graça; a morte foi vencida pela vida. Nossa culpa foi remida pelo sangue Redentor. Na sua obediência até a morte, e morte de cruz fomos remidos da nossa culpa.

Estes fatos nos revelam que somente o bem é; somente o bem existe em si mesmo. Enquanto que o mal é sempre a ausência ou a corrupção de um bem que deveria estar, mas não se realizou. O bem é uma pessoa – o Bem é Jesus Cristo, O Ressuscitado – a Luz do mundo. Fora do qual não há nenhum bem.

Jesus Cristo é a Luz que dissipa toda espécie de trevas. As trevas tem muitas faces e disfarces para nos enganar. Enquanto que a Luz tem apenas um rosto. O rosto luminoso de Jesus Cristo que transforma a morte em vida com sua gloriosa ressurreição. Se estamos, pela graça, unidos a esta Luz impera sobre nós o grave dever de combater, de contrapor-se a toda e qualquer espécie de mal e de trevas. Sejam aquelas que estão em nosso próprio ser, sejam aquelas que ofuscam o mundo que nos rodeia.

Neste sentido a ressurreição goza de uma pungente atualidade na vida daqueles discípulos de Jesus Cristo que não se deixam vencer pelo cansaço, pelo desânimo, pela banalidade do mal. Que com seu testemunho de fidelidade a Jesus Cristo, ao Bem, são como lâmpadas acessas que mantém viva no mundo a chama da caridade, da paz, da alegria, do amor e da verdade.

Dons estes que o Senhor concedeu aos seus discípulos já naquela manhã de domingo: “Alegrai-vos!” (MT 28, 9). Cristo ressuscitado é nossa alegria. “Ele não está aqui. Ressuscitou!” (Lc 24, 6), disse o anjo. Agora podemos dizer algo semelhante: “Ele está aqui ressuscitou. Permanece vivo entre nós, na sua Igreja, nos seus sacramentos, nos seus discípulos, na sua palavra. Não somos seguidores de um Deus morto. Somos discípulos do Senhor da vida, Seu túmulo está vazio, enquanto o Céu está cheio da sua glória. É isto que Igreja celebra todo “Primeiro dia da semana” (Lc 24, 16), o Domingo, na sua Páscoa semanal. Portanto, o Senhor está vivo entre nós. “Alegremo-nos e Nele exultemos!” Feliz Páscoa para todos!

Pe. Hélio Cordeiro dos Santos
Formador do seminário maior N. S. de Fátima
Brasília – DF