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quinta-feira, 9 maio, 2024 - 14:55 PM

XXI Domingo do tempo comum

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“…o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16, 18)

É Cristo, o Messias, o Filho do Deus vivo quem funda, constrói e edifica a sua Igreja. A solidez da Igreja, da sua fé, da sua doutrina, o valor da sua missão, apoia-se nesta verdade fundamental. Não são as estruturas, a sofisticação dos métodos que garantem a eficácia da missão da Igreja, mas a presença viva de Cristo que nela habita. Por isso, por mais tenebrosos que seja o poder do inferno, não poderão jamais vencer a Igreja, cuja cabeça é Cristo. Mesmo que venha a se infiltrar no interior da Igreja, entre os que pertencem a ela pelo batismo.

O nosso batismo nos fez participantes, nos tornou membros deste magnífico edifício espiritual que é a Igreja, assembleia dos santos que contemplam a face de Deus. Mesmo que a estrutura terrena e visível da Igreja venha a ser totalmente aniquilada, a Igreja já se encontra definitivamente consumada no céu, a Igreja triunfante, que habita no seio da Trindade santa. O triunfo da Igreja não se realiza, nem se realizará por um triunfo terreno. A glória da Igreja é servir a Cristo, fazendo se servidora dos homens, sobretudo dos mais pobres e sofredores, chamado os pecadores à conversão.

A Igreja antes de ser nossa é de Cristo. É Ele quem ocupa o seu centro, como deveria ocupar o centro da vida do mundo e de todos aqueles que O acolhem na fé. Como sintetizou São Paulo: “Na verdade, tudo é dele, por ele e para ele” (Rm 11, 36). Tudo é Dele, porque Ele é o Senhor de toda a criação. Tudo por Ele, porque Dele nos vem toda graça, toda força e salvação. Tudo para Ele, para sua glória; fazer tudo para que Cristo seja glorificado.

Cristo, o Messias, o Filho do Deus vivo, é o único Senhor da Igreja, todos os outros membros da Igreja (pastores e fiéis), somos seus servos, cada um a sua maneira e segundo a sua vocação. Nós participamos da construção da Igreja à medida em que aderimos ao Senhor de toda alma e de todo o coração. Não somos nós que salvamos ou salvaremos a Igreja, é o Messias, Filho do Deus vivo, que nos salva através dela. Unidos a Cristo, na Igreja, podemos vencer o poder do inferno que impera no mundo sob diversas formas.

Mas o que é o poder do inferno? Tudo aquilo que se opõe a Cristo, ao seu evangelho, tudo aquilo que fere a dignidade do ser humano. É toda aparência de verdade, a sedutora cultura da aparência, do espetáculo e da informação que desnorteia o homem, fazendo-o separar-se de Cristo, ao semear em seu coração a desconfiança em relação à Igreja, à fé que que ela conserva e anuncia, à sua doutrina. É esta cultura que prende o homem ao tempo, ao que é imediato e passageiro, matando no seu coração, qualquer esperança de eternidade, de salvação.

O poder do inferno são as forças ocultas e más que atuam no mundo na forma da ideologia que destroem o masculino e o feminino; que banaliza a vida humana através da promoção do aborto, da eutanásia, da liberação discriminada do uso de drogas, da jogatina. São as forças ocultas e culturais que fazem com que o homem se levante contra Deus, contra o próximo, contra a criação, contra si mesmo através de uma vida viciosa. São as heresias e desvios doutrinários que querem se impor a qualquer custo em nosso tempo. Porém, em Cristo este poder já foi derrotado. De modo que estes males não tem poder algum sobre aqueles que aceitam Cristo como o Senhor de suas vidas. Porque assim nos prometeu o Senhor: “Por isso, eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16, 18).

 

Pe. Hélio Cordeiro dos Santos
Formador do seminário maior N. S. de Fátima
Brasília – DF


Leituras: Is 22, 19 – 23/ Sls 137 (138)/ Rm 11, 33 – 36
Evangelho: Mt 16, 13 – 20

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