Quinta-feira da XXVI Semana do Tempo Comum
Evangelho – Lucas 10,1-12
Ide Evangelizar!
Estamos em outubro, mês em que o Papa Francisco convocou a Igreja a viver um mês Missionário Extraordinário. Atento aos apelos de Jesus nos chama a Evangelizar. Então, como posso ser missionário e evangelizador? Certamente, assumindo a Fé recebida no santo batismo. Nele fomos consagrados cristãos, inseridos na grande família de Deus; consagrados sacerdotes, profetas e reis. Recebemos uma missão, testemunhar, viver a Palavra e seguir a Cristo, nos mais diversos âmbitos da nossa vida: matrimônio, sacerdócio, vida consagrada; no exercício profissional, político, cultural, onde estivermos, aí é o lugar do exercício, da nossa missão.
Jesus convoca, institui e envia os discípulos, seus seguidores, a anunciar a Palavra de Deus. O Evangelho fala de 72 discípulos que vão a todas as partes, a pessoas e situações mais diversas para levar uma Palavra, presença, o amor de Deus. Em um mundo que temos tudo e ao mesmo tempo nada, anunciar Cristo, único bem que não passa, torna-se urgente!
O conteúdo deste anuncio é libertador, regenerador e curativo. Libertar as pessoas, incluindo a nós mesmos, dos males que os afligem: males físicos, emocionais, espirituais, sociais e existenciais. A presença de Jesus na vida restaura as pessoas e o universo na sua integralidade. Jesus é a resposta que o mundo necessita para sua plena salvação, não tenhamos dúvida. Ele é a fonte da Paz! Paz que harmoniza e nos coloca em sintonia com Deus, pessoas e a natureza.
Na Igreja, contando com os meios e pessoas instituídos por Cristo, a missão continua no mundo. Dizemos que o agir segue o ser. Somos Cristãos, portanto, anunciar Cristo onde estivermos: trabalho, lazer, família, escola, universidade, política. Cristo é uma realidade a ser vivida e não apenas apresentada por Palavras. “Cessem as Palavras, que falem as obras!” diz Santo Antonio de Pádua, dito no século XII. Se há uma maneira eficaz para transformar o mundo e as realidades onde estamos inseridos, esta é, sem dúvida, a pratica do bem. Nisto compreendemos a exigência de Jesus para que seus discípulos possam ir para a missão desprendidos e livres de tudo que os impeça de realizar sua missão, deles, pede a Pobreza Evangélica. Desprender-se para com liberdade interior, afetiva, material realizar com eficácia a vontade de Deus.
Santo Antonio insiste que “Quem não pode fazer grandes coisas, faça ao menos o que estiver na medida de suas forças; certamente, não ficará sem recompensa!” Façamos o bem, evangelizemos, na medida de nossas forças e a recompensa será um mundo melhor; ao menos a parcela dele onde vivermos, certamente será.
Gratidão a todos que generosamente acolheram o convite de Jesus e colaboram na grande vinha do Senhor. Evangelizar é preciso!
Vida que segue!
Pe. Pedro Nogueira da Silva Filho
Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima
Água Fria de Goiás