Sexta-feira da X Semana da Páscoa
Evangelho – Mateus 5,27-32

O Sentido do Sofrimento Humano

O sofrimento é algo essencial a vida e a natureza humana. “Completa na minha carne – diz o apóstolo São Paulo, ao explicar o valor salvífico do sofrimento – o que falta aos Sofrimentos de Cristo pelo seu corpo, que é a igreja” (Cl 1,24). Toda a vida do homem está imersa nesta alegria de servir a Deus na descoberta do sentido do sofrimento. Contudo, o mundo do sofrimento humano está ligado à sua ação no mundo, ao passo que o sofrimento parece ser algo quase inefável e não comunicável.

O homem sofre de diversas maneiras no seu dia a dia, como nos atesta a Carta Apostólica “Salvifici Doloris” (O Sentido Cristão do Sofrimento Humano, n. 05), ele está sempre sofrendo e nem sempre são consideradas pela medicina, nem sequer para você mesmo. Usando os meios mais avançados para falar deste tema se pode descobrir que o sofrimento é algo mais amplo e mais complexo do que a doença e, ao mesmo tempo, mais profundos em realidades na própria unidade, então assim o sofrimento existe no mundo físico e no moral. Ainda que se possa usar até certo ponto como sinônimas as palavras “sofrimento” e “dor”.

O sofrimento físico dá-se quando, seja de que modo for “dói” o corpo; enquanto que o sofrimento moral é “dor da alma”. Trata-se, de fato, da dor, que anda sempre junta com o sofrimento moral como com o sofrimento físico.

Em São Paulo aos Coríntios nós temos “por toda parte e sempre levamos em nós mesmos os Sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos” (2Cor 4,10). Nesse sofrimento está também a nossa vida entregue a Jesus Cristo, “levamos em nós mesmos os Sofrimentos mortais de Cristo” significa que o nosso sofrimento é para que possamos participar no sofrimento do próprio Cristo.

O evangelho de São Mateus nos ensina que não se pode cometer adultério. “Não cometerás adultério” (Mt 5,27). Aqui São Mateus nos relembra que o sofrimento é também para que a pessoa possa estar fortalecida em Deus. Quando ele diz para não se cometer adultério é para que esse sofrimento esteja ligado ao sofrimento de Cristo, e ainda quando se compara ao casamento ele disse “uma pessoa que se divorciar e casar de novo vai cometer Adultério contra a primeira pessoa” mostrando que a pessoa está precisando viver essa simplicidade no próprio Deus. Então nós sofremos por participar do sofrimento do próprio senhor.

Pe. Joacir S. d’Abadia
Pároco da Paróquia São José e Adm. da Paróquia Santa Luzia
Formosa-GO


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