Sexta-feira da V Semana da Páscoa
Evangelho – João 15,12-17
Pecado é pura ingratidão
A cada sexta-feira vamos refletir um pouco sobre a Palavra de Deus. Nesta meditação nossos olhos voltarão ao início da Santa Missa, para a parte chamada de “Ato Penitencial”, na qual todos nós somos chamados a revisarmos nossa caminhada de fé e buscar o refúgio em Deus reconhecendo que somos pecadores. Aliás, o pecado é pura ingratidão.
Nossa ingratidão fere a vida, o dom, a presença e a bondade de Deus e de nossos irmãos. O pecado, portanto, é pura ingratidão a tudo que o senhor nos dá. Necessitamos sempre da misericórdia de Deus, pois ela nos deixam mudos, faz-nos caminhar como rebanho certo do Senhor.
Nos Evangelhos vemos os povos pró e contra Jesus; enquanto numas partes se têm um espanto por tudo que Jesus fazia, noutras os fariseus não davam crédito a nada daquilo que se realizava. Muitos não tinham gratidão pelos milagres que Jesus fazia. Eram ingratos. No entanto, Jesus ensina o caminho do amor: “amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 15,12).
A vida do cristão não deve ser puritana (reza quando se precisa de alguma graça divina, mas não é capaz de mudar o coração e prefere continuar estúpido). A vida do cristão tem que ser imitada à de um místico (que “ora et labora”, ora e trabalha – temos que mostrar a nossa fé com as obras, como atesta o Livro de São Tiago). Se não agimos assim, entra em nós a ingratidão do pecado. Não sejamos ingratos ao senhor. Acolhamos continuamente seu amor derramado através do seu perdão a cada “Ato Penitencial” que participarmos. Deixe-se ser tocado pelo perdão de Deus. Aproxime-se do trono da graça: o confessionário, de onde pode vir o amor misericordioso do Senhor.