Terça-feira da 7ª Semana da Páscoa
Evangelho – João 17,1-11a
Alguns permanecem parados, outros permanecem num “eterno” movimento sem jamais parar, outros encontram em Deus o movimento pelo qual se direcionam rumo ao Pai, sem, porém, deixar de n’Ele permanecer. O mundo não pode apagar em nós o infinito que nos coloca em comunhão com o eterno.
Paulo na primeira leitura está num constante processo de configuração com o Mestre, isto é, com Jesus. Com bastante humildade não consegue guardar para si a profundidade da experiência de ter sido encontrado por Cristo. Ele insiste no anúncio, mesmo se sofre tribulações por isso. Diante da morte só tem um desejo: colaborar no projeto de Deus para a humanidade.
É que Paulo faz o mesmo que o Mestre no Evangelho. Jesus está glorificando ao Pai por meio de sua obediência. Essa união de Jesus com o Pai faz unir-se a humildade à divindade. A vida eterna se abre novamente para os seres humanos. Agora é possível sentir dentro de nós o sabor da eternidade. A vida eterna é conhecer Jesus e, por conseguinte, Aquele que o enviou, quer dizer, o Pai. Isso acontece pela Palavra mesma de Deus. Essa Palavra nos conduz desde o mundo até a eternidade.
Como proclama o salmo, que os reis de toda terra cantem ao Senhor. Ele derramou sua misericórdia sobre nós. Bendito é o Senhor que nos trouxe a salvação: Jesus Cristo. Abriu-nos as portas da eternidade e nos fez amigos d’Ele mesmo. Nossa senhora interceda para que saibamos dar uma resposta positiva ao Pai, que deseja que seu filho faça morada em nós.
Padre Kennedy dos Santos Ferreira
Pároco da Paróquia Santa Luzia
Formosa-GO
Leituras: At 20,17-27 / Sl 67 (68)
Evangelho: Jo 17,1-11a