Quinta-feira da XXI Semana do Tempo Comum
Evangelho – Marcos 6,17-29
Hoje celebramos o martírio de São João Batista, e isso nos permite descobrir algo muito importante: os que se deixam conduzir pelo Espírito Santo são fiéis às suas convicções até a morte. Mas aqueles que rejeitam as inspirações do Espírito Santo acabam destruindo o bom que há no mundo.
O texto de Mc 6,17-29 narra a morte de João Batista, e mostra que o poder da aparência social e da vaidade é tão forte que pode distorcer as melhores intenções. Porque Herodes admirava João, o protegia, o consultava e o escutava, mas não podia se negar a entregar a cabeça de João para não parecer mal diante dos convidados (Mc 6,26). Até aquele momento, Herodes respeitava João. No entanto, a palavra do profeta falhou em chegar ao coração, onde as decisões mais profundas são tomadas. Lá, as habilidades de uma mulher tinham mais poder, que o levou a matar João.
Essa história não deixa de ser uma profunda exortação para que reconheçamos nosso próprio coração, o que realmente nos move, além da aparência, além dos sentimentos e emoções superficiais, além das palavras. Isso nos faz ver a resistência do mundo diante do Espírito Santo, que nos convida a modificar as coisas estabelecidas e mudar um estilo de vida. Porque o ser humano normalmente prefere deixar as coisas como estão e evita lançar-se naquilo que ele ainda não sabe controlar. É por isso que ele tem medo do Espírito Santo e prefere eliminá-lo de sua vida. Isso também nos convida a nos perguntar permanentemente se nosso desejo de ter tudo sob controle não está fechando nossos corações aos novos caminhos do Espírito Santo.
João Batista se entregou cheio de confiança, porque estava cheio do Espírito, e sabia que sua morte injusta não era o final da história. Essa certeza brota do amor. Esse amor cheio de esperança é infundido pelo Espírito Santo em nossos corações (Rm 5,5).
Na oportunidade, lembro que hoje, na maioria das igrejas é dia de Adoração ao Santíssimo Sacramento, reserve um tempo e vá adorar a Deus. Aprendi, que: “Quando estamos diante da hóstia consagrada, não estamos diante de algo, mas, sim, de Alguém: Deus!” Vamos rezar, a oração é a nossa força!
Vida que segue!
Pe. Pedro Nogueira da Silva Filho
Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima
Água Fria de Goiás