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sexta-feira, 19 abril, 2024 - 21:32 PM

VI Domingo do Tempo Comum

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“Se quiseres observar os mandamentos, eles te guardarão” (Eclo 15, 16)

Tornar-se discípulo de Jesus Cristo é consequência de uma escolha livre e responsável da parte de quem se sentiu tocado por sua oferta de amor, de vida e de salvação. Oferta esta que está disponível a todos os homens, mas nem todos querem abraçar a proposta de Jesus, aderir aos seus mandamentos.

Jesus morreu por amor e pela salvação de todos, mas nem todos O acolhem como salvador. Não são poucas as pessoas iludidas que preferem confiar na sua própria justiça, como muitos fariseus e mestres da lei do tempo de Jesus. Que achavam que podiam se salvar pela observância seca da Lei. Ou tantos outros que somente confiam na sabedoria deste mundo, nos postulados das ciências, no que é quantificável, mensurável, palpável, visível ou que acham que vão ser salvos por suas próprias obras.

Também não são poucos os que desprezam o amor de Jesus, a graça do Evangelho para fiarem-se na “sabedoria dos poderosos”. São aqueles que se fiam no poder da política, do dinheiro, da violência, dos segredos maçônicos e tantos outros. Que muitas vezes se julgam homens superiores, como se fossem semideuses, senhores da história. Em cujo coração não há espaço algum para a gratuidade do amor oferecido por Deus em Jesus Cristo.

E nós em qual sabedoria confiamos? Qual é a nossa justiça? A “sabedoria deste mundo”? A “a sabedoria dos poderosos deste mundo”? Ou a “misteriosa sabedoria de Deus”? Que escolhe os fracos para confundir os poderosos? “Mas o que é loucura no mundo, Deus escolheu para confundir os sábios; e o que fraqueza no mundo, Deus o escolheu para confundir o que é forte” (ICor 1, 27).

O homem, dada a sua liberdade, tem sempre diante de si dois caminhos ou mais a escolher: o fogo ou a água, a vida ou morte, o bem ou o mal, a benção ou a maldição; a felicidade ou a infelicidade; seguir o caminho de Deus ou percorrer as estradas tortuosas dos homens orgulhosos e soberbos, dominados pela autossuficiência.

Homem algum por mais poderoso que seja, por mais sábio que seja, não morreu e ressuscitou por nossa salvação. Portanto, deixemo-nos guiar com humildade pelos mandamentos divinos, eles não são uma prisão, antes são uma proposta de autêntica liberdade. Nos apontam um caminho que nos guarda da morte e da corrupção. “Se quiseres observar os mandamentos, eles te guardarão” (Eclo 15, 16).

Os mandamentos divinos nos guarda do mal, nos preserva da soberba, da ambição, nos liberta da escravidão dos ‘mandamentos mundanos’, que a muitos tem arrastado para a ruína, seja ela moral, espiritual ou material. Porque os ‘mandamentos mundanos’ não visam salvar o ser humano, antes propõem-se a satisfazer todas as suas vontades rebeldes. Daí a permissividade, inclusive com tutela legal, de toda desordem moral. Como a imposição de uma subcultura LGBT, que não tem respeitado sequer a inocência das crianças, da legitimação institucional da morte, na forma do aborto e da eutanásia, da fome dos que padecem as consequências da corrupção ou que são vítimas da violência.

Enquanto que os mandamentos divinos visam guardar o homem da morte, procuram estabelecer o caminho da vida, tendo como princípio maior o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Não podemos dizer sim ao amor de Deus e ao mesmo tempo dizer sim a dominação do homem sobre o homem. Dizer sim a Deus comporta dizer um não à mentira, um não à morte em todas as suas formas. “Seja o vosso ‘sim’ sim, e o vosso ‘não’ não. Tudo o que for além disso vem do maligno” (Mt 5, 37).

Pe. Hélio Cordeiro dos Santos
Formador do seminário maior N. S. de Fátima
Brasília – DF


Leituras: Eclo 15,16-21 / Sl 118 (119) / ICor 2,6-10
Evangelho: Mt 5, 17-37

Reginaldo Mendonça
Reginaldo Mendonçahttps://diocesedeformosa.com.br/
Criada em 16 de outubro de 1979, é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica no Brasil, sufragânea da Arquidiocese de Brasília. Pertence à província eclesiástica de Brasília e ao Regional Centro-Oeste da CNBB.

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