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sexta-feira, 10 maio, 2024 - 04:50 AM

XXXI Domingo do tempo comum

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“Hoje a salvação entrou nesta casa…” (Lc 19, 9)

Nosso Senhor Jesus Cristo é nossa salvação. Aliás o nome Jesus significa Deus salva. De modo que onde Nosso Senhor é acolhido ali entra a salvação. Foi o que aconteceu com Zaqueu, quando Jesus entrou em sua casa: “Hoje a salvação entrou nesta casa…” (Lc 19, 9).

Não resta, pois dúvida alguma, que se queremos ser salvos dos nossos pecados, da escravidão dos ídolos, de uma vida desorientada, temos que deixar Cristo entrar em nossa vida, em nossas famílias, comunidades, paróquias, dioceses, universidades, escolas, em nossa nação. Lá onde o homem encontra-se ferido pelo pecado, pela violência, pelo sofrimento, pelo ódio, lá se faz necessária a salvação que somente Nosso Senhor Jesus Cristo pode nos dar.

O nome Zaqueu significa aquele que é puro, inocente, o que tem pureza. O que significa que o personagem do evangelho de hoje era pura contradição. Uma vez que sua vida era o oposto daquilo que significa o seu nome. Ao invés de pureza é inocência, Zaqueu havia se transformado num ladrão, corrupto, num homem fraudulento. Que no exercício da sua função de cobrador de imposto, havia lesado muita gente.

Mergulhado nesta contradição, Zaqueu se vê profundamente necessitado de salvação. Por isso “procurava ver quem era Jesus”. Nesta sua busca, antes que ele pudesse ver o Senhor, foi o Senhor quem o viu por primeiro, ao vê-lo encima da árvore.

E Jesus vai muito além, entrou na casa de Zaqueu, na sua vida, na sua história, para salvá-lo. Nosso Senhor não denuncia de imediato os pecados e contradições de Zaqueu, primeiro lhe anuncia a salvação. Este anúncio arranca Zaqueu da sua cegueira, da sua escuridão, ele então se dá conta dos seus pecados: “Senhor, eu dou a metade dos meus bens aos pobres, e se defraudei alguém, vou devolver quatro vezes mais” (Lc 19, 8). Assim, aquele que estava perdido foi encontrado pelo Senhor. Cumprindo o evangelho: “Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido” (Lc 19, 10).

Este episódio do evangelho nos revela que a missão de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma missão de salvação, não de condenação. Se condenam aqueles que o rejeitam, que não querem acolhê-Lo em sua casa, em suas vidas, que querem continuar perdidos, apegados a uma vida sem Deus.

Jesus nos antecipa, Ele vem ao nosso encontro. Vem de encontro aos pecadores, como Zaqueu, como eu, como você, para nos arrancar da escuridão. Porque Ele não quer nossa morte, nossa condenação, Ele quer a nossa salvação. Ele é nossa salvação, a nós cabe apenas recebe-Lo com alegria, à exemplo de Zaqueu.

Uma vez que nos permitimos ser encontrados por Jesus, por sua salvação, temos que nos dispor a reparar a injustiças que cometemos, à exemplo de Zaqueu, que se propõe a devolver aos pobres e aos que ele defraudou o quádruplo do que lhes foi usurpado.

Eis a dinâmica da conversão, primeiro o exercício do desejo, “Zaqueu procurava ver quem era Jesus” (Lc 19, 3). Em segundo lugar ser encontrado por Jesus, deixa-Lo entrar em nossa vida. Em terceiro lugar romper com as amarras do pecado e reparar os males que comentemos, restituindo o que roubamos; pedindo perdão a quem ofendemos; reconciliando-se com quem nos desentendemos; substituindo o ódio pelo amor; a ambição pela capacidade de partilha. Assim, tornamo-nos realmente ricos diante de Deus.

Pe. Hélio Cordeiro dos Santos
Formador do seminário maior N. S. de Fátima
Brasília – DF


Leituras: Sb 11,22-12, 2/Sl 144 (145)/ IITs 1, 11-2, 2
Evangelho: Lc 19, 1-10

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