Sexta-feira depois da Epifania do Senhor
Evangelho – Lucas 5,12-16
A revelação da humanidade e divindade no toque
Jesus se revela permitindo que o homem lhe conheça em sua divindade e em sua humanidade. No evangelho de são Lucas esta revelação acontece quando Jesus faz curas e se recolhe na oração. Ao mesmo tempo que faz curas, ele permite ao homem lhe conhecer. Este conhecimento é manifestado de dois modos: conhecimento humano e conhecimento de Deus.
Na passagem da Sagrada Escritura fica parente estes conhecimentos e a revelação de Jesus: sua humanidade e divindade. O evangelho de são Lucas nos conta: “Aconteceu que Jesus estava numa cidade, e havia aí um homem leproso. Vendo Jesus, o homem caiu a seus pés, e pediu: ‘Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar.’” (cf. Lc 5,12-16). O leproso vai contra a norma da época que não podia nenhum leproso aproximar das pessoas, ele rompe uma norma e vai mais longe: “Vendo Jesus, o homem caiu a seus pés”. Significa que o enfermo aproxima de Jesus e ainda toca-o.
Contudo, o evangelho segue: “Jesus estendeu a mão, tocou nele, e disse: ‘Eu quero, fica purificado.’ E, imediatamente, a lepra o deixou” (Lc 5,12-16). Agora o contraventor é o nosso Senhor, ele quem infringe a norma contrariando as autoridades da época: “Jesus estendeu a mão, tocou nele”.
Jesus toca um leproso. Não é apenas um toque físico, pois curou o enfermo. Seu toque de cura. Um humano toca o divino e o divino toca o humano com sua cura e continuava revelando ao povo: “Ele, porém, se retirava para lugares solitários e se entregava à oração” (Lc 5,16).
Deste modo, entendemos que o conhecer bíblico de Deus se dá com a abertura que o homem tem para conhecer. O conhecimento humano: o homem conhece porque tem a capacidade de conhecer (inteligência). E por fim, o conhecimento de Deus: Deus que revela ao homem. O leproso toca Jesus e conhece o ser divino Dele, por outro lado Jesus toca o leproso e conhece a fragilidade humana escondida na enfermidade.
