Sexta-feira da XXV Semana do Tempo Comum
Evangelho – Lucas 9,18-22

As Glórias Luminosas da Pobreza

Sinto-me obrigado por zelo caritativo a refletir nesta homilia sobre a pobreza. Chega doer minhas entranhas de tamanha felicidade por poder “absolutizar” um bem tão grande e que faz vicejar a alma. Só um ser de espírito elevado pode encontrar glórias luminosas no simples, humilde e pobre chegando a dizer no Sermão da Montanha: as Bem-Aventuranças: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5,3).

É um encanto dos simples a pobreza. O Jovem Galileu sabia cultivar este encanto na verdade de sua identidade: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia” (Cf. Lc 9,18-22).

No dia 27 de setembro a Igreja nos convida a fazer memória e voltarmos o nosso coração para a pobreza amada pelo presbítero SÃO VICENTE DE PAULO. Você conhece este santo que soube amar o pobre de Deus nos filhos? Nasceu na Aquitânia em 1581. Completados os estudos e ordenado sacerdote, exerceu o ministério paroquial em Paris. Fundou a Congregação da Missão (Lazaristas), destinada à formação do clero e ao serviço dos pobres. Com a ajuda de Santa Luísa de Marillac instituiu também a Congregação das Filhas da Caridade. Morreu em Paris no ano 1660.

Nosso santo da pobreza escreveu: “Deve-se preferir o serviço dos pobres acima de tudo. Não temos de avaliar os pobres por suas roupas e aspecto, nem pelos dotes de espírito que pareçam ter. Com frequência são ignorantes e curtos de inteligência. Mas muito pelo contrário, se considerardes os pobres à luz da fé, então percebereis que estão no lugar do Filho de Deus que escolheu ser pobre” (Liturgia das Horas: Cf. Correspondance, Entretiens, Documents, ed. P. Coste, Paris 1920-1925, passim – Séc. XVII).

Quem opta pela pobreza verdadeira, tão docilmente a acolhe como São Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá e o nosso presbítero em questão São Vicente de Paulo. Contudo, o homem simples, humilde e pobre sofre muito, é rejeitado até a morte pelos homens importantes, mas recebe sua recompensa: ressuscita no terceiro dia. Assim, a pobreza de espírito é para ser vivida na glória celeste, pois o pobre de Deus bradam os céus com sua alma recompensada.

Pe. Joacir S. d’Abadia
Pároco da Paróquia São José e Adm. da Paróquia Santa Luzia
Formosa-GO